Publicado em 11/07/2022, 18:52 ・ Por Time Ibérica
A superintendência do Inmetro em Goiás (Surgo) autuou, no dia 30 de Junho, um fabricante de cabos elétricos – cujos produtos estavam sendo comercializados por um distribuidor de Goiânia – por irregularidade em mais de 58 mil metros do produto. Após coleta de material e realização de testes e ensaios de resistência elétrica em laboratório, foi constatada quantidade de cobre inferior ao que determina o regulamento. Nessas condições existe grande risco de curto-circuito, o que pode levar a consequências mais graves, como incêndio. Desde o início do ano, mais de 110 mil metros de cabos irregulares foram retirados do mercado no Estado de Goiás.
Por meio da Rede Brasileira de Metrologia e Qualidade (RBMLQ-I), composta pelas Superintendências do Inmetro em Goiás e Rio Grande do Sul e Institutos de Pesos e Medidas nos demais estados, o Inmetro tem constatado que alguns fabricantes, após a obtenção do certificado de conformidade do produto, diminuem a quantidade de cobre utilizado como condutor. Com isso, enganam o seu próprio cliente, que são os distribuidores, e o consumidor final.
Para combater essa prática, a RBMLQ-I realiza operações de fiscalização em todo país. Além de quantidade inferior de cobre, fiscais também têm encontrado produtos com selo falso do Inmetro em suas embalagens e ausência de informações obrigatórias relativas aos fabricantes dos produtos.
Certificação obrigatória
Fios e cabos elétricos estão entre os materiais mais importantes na instalação elétrica de um imóvel. São eles que levam a energia elétrica desde o ponto de entrada até os pontos de utilização, como tomadas e interruptores. A portaria Inmetro determina a resistência adequada para cada um dos calibres e modelos dos cabos e fios. Essa resistência tem a ver com o teor de cobre usada na composição dos cabos – quanto maior a resistência elétrica, menor a quantidade de cobre.
A certificação obrigatória de fios e cabos elétricos está regulamentada pela Portaria Inmetro nº 131, de 23 de março de 2022, que estabelece o regulamento técnico e os requisitos de avaliação da conformidade com foco na segurança, entre os quais a devida quantidade de cobre que deve compor os produtos. Fabricantes desonestos, porém, utilizam quantidade inferior à estabelecida para economizar, considerando que o metal representa mais de 70% do custo de fabricação.